Gastronomia & Turismo • 17:08h • 29 de dezembro de 2025
Turismo Tech: como tecnologia está mudando o aluguel de temporada e impactando o mercado imobiliário
Automação, inteligência artificial e gestão digital transformam imóveis em ativos de hospedagem mais rentáveis e profissionais
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Viajar, hospedar e investir em imóveis no Brasil já não seguem a mesma lógica de poucos anos atrás. O avanço da tecnologia criou um novo conceito, o Turismo Tech, que vem redefinindo o aluguel de temporada e reposicionando o mercado imobiliário como protagonista dessa transformação. Segundo dados do CasaTemporada, o setor deve crescer entre 20% e 30% ao ano até 2030, impulsionado pela digitalização da gestão, automação de processos e mudança no comportamento de turistas e proprietários.
Isso significa que imóveis antes vistos apenas como patrimônio passaram a operar como negócios estruturados, com métricas, tecnologia e foco em rentabilidade. São Paulo e Rio de Janeiro lideram esse movimento, mas o modelo começa a se espalhar também por cidades médias e regiões turísticas do interior.
O que é Turismo Tech, na prática
O Turismo Tech é a integração direta entre turismo, tecnologia e gestão profissional. No aluguel de temporada, ele transforma o anfitrião em um gestor digital, capaz de administrar vários imóveis com eficiência semelhante à de uma empresa.
Entre as principais soluções que caracterizam esse modelo estão check-in digital, fechaduras inteligentes, precificação automática por inteligência artificial, integração de anúncios em múltiplas plataformas, painéis de controle de reservas, atendimento automatizado ao hóspede e monitoramento remoto com sensores e ferramentas de segurança.
De acordo com análises do CasaTemporada, quem adota esse modelo reduz custos operacionais, melhora a experiência do hóspede e aumenta a taxa de ocupação, criando um ciclo mais previsível de receita.
Por que o Turismo Tech impacta diretamente o mercado imobiliário
A tecnologia alterou a lógica do investimento imobiliário. Em vez de depender apenas de contratos longos e rendimento fixo, muitos proprietários passaram a explorar o aluguel de curta duração com gestão profissionalizada. Isso elevou o valor estratégico de imóveis bem localizados, adaptáveis e preparados para operação digital.
Relatórios do setor indicam que, em imóveis de médio e alto padrão, a rentabilidade do aluguel de temporada pode superar o modelo tradicional em até 30%, especialmente quando há automação e gestão orientada por dados. Esse cenário atrai investidores, pequenos empreendedores e até famílias que veem no Turismo Tech uma forma de diversificar renda.
Cidades que puxam a transformação
São Paulo se consolidou como polo do turismo corporativo e da inovação digital. Entre 2022 e 2025, a capital registrou crescimento expressivo de imóveis preparados para locação digital, com expectativa de expansão acumulada de 60% até 2030, impulsionada pelo turismo de negócios híbrido.
Já o Rio de Janeiro lidera em volume de reservas digitais e ocupação na alta temporada. A profissionalização dos anfitriões, aliada à automação e ao aumento da demanda internacional, sustenta projeções de crescimento anual consistente para os próximos anos.
Casos como o de gestores que ampliaram portfólio e lucro com uso de IA e automação refletem uma mudança estrutural no setor, menos improviso e mais estratégia.
Tendências até 2030
Os estudos do CasaTemporada apontam três movimentos centrais para os próximos anos: gestão 100% digital, profissionalização do aluguel de temporada e interiorização do Turismo Tech. Cidades fora dos grandes centros tendem a se beneficiar com o turismo regional, eventos locais e trabalho remoto, desde que adotem tecnologia e modelos de gestão eficientes.
Nesse contexto, o mercado imobiliário deixa de ser apenas um setor de compra e venda e passa a integrar o ecossistema da hospitalidade, conectando dados, experiência do usuário e retorno financeiro.
Um setor que ainda está no começo
O aluguel de temporada deixou de ser alternativa informal e se tornou um dos pilares do turismo brasileiro. A combinação de alta demanda, automação, inteligência artificial e plataformas digitais indica que o Turismo Tech ainda está em fase de expansão, com espaço para novos investidores, gestores e cidades.
Para especialistas do setor, quem entra agora encontra um cenário de amadurecimento, mas ainda longe da saturação, especialmente fora dos grandes eixos tradicionais.
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