Saúde • 14:39h • 01 de julho de 2025
Vírus Oropouche: estudo revela como o corpo produz anticorpos que evitam infecção no cérebro
Experimentos em animais revelaram ação de proteína que regula geração de anticorpos; grupo de células age logo após infecção, evitando disseminação do vírus pelo corpo
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP
Um estudo internacional com participação da USP e da Unicamp identificou como o corpo reage ao vírus Oropouche, que infectou mais de 25 mil pessoas no Brasil entre 2023 e 2025. A pesquisa revelou que a proteína MyD88 é essencial para que os linfócitos B, células de defesa, se transformem em produtores de anticorpos capazes de impedir a chegada do vírus ao sistema nervoso central.
Os testes com camundongos mostraram que animais sem a proteína MyD88 nos linfócitos B produzem menos anticorpos e ficam mais vulneráveis à infecção. A pesquisa também identificou um grupo específico de células do baço, que atua rapidamente para gerar anticorpos e proteger contra a encefalite causada pelo vírus.
Além disso, o estudo demonstrou que a transferência de soro com anticorpos de animais imunes foi eficaz em conter a replicação viral e impedir o agravamento da doença, desde que feita logo após a infecção.
Transmitido por mosquitos e moscas como o maruim, o vírus Oropouche causa sintomas parecidos com os da dengue — febre, dores, fotofobia e manchas na pele —, mas também pode levar a complicações graves como meningite e encefalite.
O trabalho, publicado na revista eBioMedicine, contou com 30 pesquisadores de instituições do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos, com apoio de agências como Fapesp, CNPq e Wellcome Trust.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Ciência e Tecnologia
Paralisação completa do 3I/Atlas intriga cientistas e realinhamento aponta para novo comportamento
Registros confirmados por observatórios independentes em três continentes mostram desaceleração em microetapas, parada total e ajuste direcional incomum, ampliando questionamentos sobre a natureza do visitante interestelar
Ciência e Tecnologia
3I/ATLAS surpreende e se aproxima da esfera de Hill de Júpiter com precisão inédita