Cultura e Entretenimento • 17:44h • 12 de junho de 2025
Você sabe o que fazer se seu filho se queimar com fogos de artifício? Pediatra explica
Corte, queimadura ou amputação: o que fazer na hora em casos com fogos de artifício; pediatra ensina primeiros socorros que salvam
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1

O mês de junho chegou e com ele as festas juninas tomam conta de escolas, bairros e comunidades. Em meio à alegria das bandeirinhas, das quadrilhas e das comidas típicas, um hábito tradicional também volta a chamar atenção: o uso de fogos de artifício e bombinhas, especialmente por crianças.
O que muitos pais não percebem é que, longe de serem apenas uma diversão, esses artefatos representam um grave risco à integridade física e podem deixar marcas e sequelas para a vida toda.
Em entrevista ao portal Âncora1, a médica pediatra Dra. Maria do Carmo Potenza Ramos fez um importante alerta sobre o uso desses materiais. Segundo a pediatra, por mais tradicionais que sejam nas festas, os fogos e bombinhas podem provocar lesões gravíssimas como queimaduras, perfurações, amputações e até óbitos. “Às vezes, a gente subestima a capacidade de uma criança de fazer algo perigoso. Mas basta um segundo para que um acidente aconteça”.
O que fazer em caso de acidente com fogos de artifício
De acordo com Dra. Maria do Carmo, o mais importante é manter a calma e seguir medidas básicas de primeiros socorros:
Queimaduras: devem ser lavadas apenas com água corrente. Não se deve aplicar pasta de dente, café, manteiga, pomadas caseiras ou qualquer substância abrasiva. Esses produtos podem piorar o quadro e dificultar a avaliação médica.
Perfurações ou cortes: é essencial realizar a higienização com água limpa e, se possível, cobrir a ferida com um pano limpo. Nada de compressas sujas ou improvisadas.
Amputações: é crucial estancar o sangramento com um pano limpo e buscar imediatamente o pronto atendimento mais próximo. O membro ou parte atingida também pode ser levado, se possível, para avaliação da equipe médica.
A médica reforça que a conduta correta nos primeiros minutos pode evitar complicações mais graves. “Evitar procedimentos improvisados e procurar ajuda médica o mais rápido possível pode fazer toda a diferença na recuperação da vítima”, afirma.
Fogos são proibidos em muitas cidades
Além do risco físico, muitos pais também desconhecem que, em várias cidades brasileiras, a comercialização e o uso de determinados tipos de fogos são proibidos ou restritos por lei. Isso inclui principalmente artefatos com estampido (barulho), que podem ser nocivos a idosos, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e animais de estimação. Em alguns locais, há inclusive multas pesadas para quem descumprir as regras.
Responsabilidade é dever dos adultos
A matéria faz um apelo direto aos pais, responsáveis, educadores e organizadores de festas. A empolgação das crianças é natural, mas elas não têm discernimento para compreender os riscos envolvidos. Cabe aos adultos garantir que o ambiente seja seguro e supervisionado.
“Uma amputação, por exemplo, é uma consequência definitiva. Uma escolha inocente pode transformar toda a trajetória de uma criança. Por isso, as festividades precisam ser vividas com alegria e responsabilidade”, resume Dra. Maria do Carmo.
Que este seja um período de celebração, com danças, brincadeiras e momentos especiais mas acima de tudo, com segurança e consciência coletiva. A melhor lembrança da festa junina deve ser o sorriso das crianças, não a cicatriz de um acidente.
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